terça-feira, 18 de setembro de 2012

Recepção à crítica literária Dulcinea Santos

Virgínia, Dulcinea, Neura, Cláudia, Berenice e Lília no Sítio Îtininga dos Telles da Silva em Maquiné. Passamos um dia maravilhoso lá. Além da beleza de cada recanto onde se observa a mão e o gosto de Glória e Luiz-Olyntho a conversa amiga sobre literatura e arte rolou fácil.
Ah! e muitas fotos com a querida crítica literária Dulcinea dos Santos que veio de Recife para participar do painel sobre João Simões Lopes Neto, presidido pelo anfitrião e participação de Ana Mottin, Virgínia Helena Vianna Rocha e Waldomiro Manfroi.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

No sarau de ontem, dia 13, homenageando Simões Lopes Neto.


Nas fotos, feitas por Michelle Hernandes, no Instituto NT de Cinema e Cultura, Virgínia Vianna Rocha, Renato de Mattos Motta e Cristina Macedo.





segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Redemoinho de ideias sobre Contos Gauchescos de Simões Lopes Neto - Lília Manfroi


Quando compus estas gravuras em metal, fiquei de  rédea no chão, parecia que o Blau me assoprava e empurrava minha o buril contra o metal. Tanto foi assim que no término das ditas cujas, eu tive que ler novamente os Contos Gauchescos do Simões Lopes Neto para pesquisar de onde vinham estas ideias.
Foi assim que notei que a 1ª gravura da esquerda para a direita, em cima, é o No Manantial, depois Trezentas Onças. As ideias aí andavam embaralhadas, bem assim como saiu na gravura.

A seguir: No conto Chasque do Imperador  a nhã Tuca fala para o Imperador: "Seu imperador, na volta, venha pousar no rancho da nhã Tuca;é de gente pobre, mas tudo limpinho com a graça de Deus... E sempre há de haver uma terneira gorda para costilhar!... Passar bem, Deus os leve e Deus os traga!...
Depois veio Duelo de Farrapos. Eu me perguntava, de onde saiu esta mulher sensual de perna de fora?  Foi então que achei esta passagem: " Agora veja vancê se não foi mesmo o fungu daquela tal dona - emissária de um dos dois castelhanos - que veio transtornar tanta amizade dos farrapos?...
A outra gravura, vi logo que era a Maria Altina afogada No Manantial.

E por fim a gravura que me saiu assim, num redemoinho de ideias, uns homens enfileirados que olhavam para estranhas carrancas, seria medo da guerra?
Blau conta assim: "Daí a pouco, de em frente, das casas, veio saindo uma gentama, muito em ordem de a dois, de a três.
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domingo, 9 de setembro de 2012

Fortuna Crítica de Simões Lopes Neto

“Simões Lopes Neto não foi um grande escritor  por ser regionalista,  mas apesar de o ser.” Flávio Loureiro Chaves.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

"Artigos de Fé do Gaúcho"(final)


11º Mulher, arma e cavalo do andar, nada de emprestar.

12º Mulher, de bom gênio; faca, de bom corte; cavalo, de boa boca; onça, de bom peso.

13º Mulher sardenta e cavalo passarinheiro... alerta, companheiro!...

14º Se correres eguada xucra, grita; mas com os homens apresilha a língua.

15º Quando dois brincam de mão, o diabo cospe vermelho...

16º Cavalo de olho de porco, cachorro calado e homem de fala fina...sempre de relancina...

17º Não te apotres, que domadores não faltam...

18º Na guerra não há esse que nunca ouviu as esporas cantarem de grilo...

19º Teima, mas não apostes; recebe, e depois assenta; assenta, e depois paga...

20º Quando 'stiveres pra embrabecer, conta três vezes os botões da tua roupa...

21º Quando falares com homem, olha-lhe nos olhos; quando falares com mulher, olha-lhe para a boca...e saberás como te haver...

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Que foi?
Ah! quebrou-se a ponta do lápis?
Amanhã vancê escreve o resto: olhe que dá para encher um par de tarcas.


                   João Simões Lopes Neto, "Contos Gauchescos".

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dânia Moreira e O boi Velho passo a passo

O BOI VELHO

Cuê pucha! ... é bicho mau o homem!
Com essa exclamação inicia-se o conto O boi velho. E a história vai por aí afora, na voz do vaqueano Blau, nos fazendo passear por manhãs ensolaradas e quentes, lembranças de banhos no arroio, algazarra da criançada, a folia no carretão puxado pelos bois. Ôooch! Ôooch!
Contando uma história de amor que dessa vez não é de casal, mas da própria natureza, o animal e o homem.
E o tempo passa, as crianças crescem, mas sempre há outras. O animal envelhece, mas não perde inocência e fidelidade... a natureza segue seu curso, por vezes cruel na sua rudeza, mas nem sombra do que é capaz o bicho homem.
Cuê pucha! ... é bicho mau o homem!
Com a mesma exclamação encerra-se a história.
E fica o pensamento no ar.
Por um mixe couro do boi velho...


Maravilhoso mergulhar no Rio Grande de Simões Lopes Neto. Relendo os contos, na procura de uma provocação para iniciar o trabalho, ecoaram nos ouvidos da imaginação os ecos das vozes de avós,  tios-avós, bisavós, identificados no palavreado campeiro, nas expressões gauchescas tantas vezes ouvidas, heranças da linguagem ‘de fora’ trazidas para a cidade, um mundo que conheci de ouvir falar (e minhas filhas nem assim...) e que já há tanto tempo não ouvia...

 Para ir dando um gostinho e aguçando a curiosidade, algumas imagens do trabalho em processo.










Apresentando Virgínia Helena Vianna Rocha


Virgínia Helena Vianna Rocha
- advogada formada pela Faculdade de Direito PUCRS/ Porto Alegre, Turma Dez/1971. 
Especialista em Comercialização junto ao CICOM/ADVB/PUC/FGV. 
Poemas publicados na coletânea eletrônica do GrupoCero - Madrid; Edição Comemorativa dos 50 anos do Gremio Literário Castro Alves - Porto Alegre; esparsas em jornais; Prosa em publicações coletivas de Oficinas de Criação Literária.

Porta cuia da Ângela Pettini

Porta cuia em bronze.

domingo, 2 de setembro de 2012

Simões Lopes Neto -tese na Sorbonne, Paris


Uma publicação aguardada

Em 1984, na Sorbonne, em Paris, a professora Maria Luiza de Carvalho Armando defendia a longa tese denominada LE REGIONALISME LITTERAIRE ET LE "MYTHE DU GAUCHO" DANS L´EXTREME-SUD BRESILIEN: LE CAS DE SIMÕES LOPES NETO, uma das primeiras ocasiões em que a obra daquele escritor regionalista foi apresentada ao continente europeu. Por quase trinta anos, o original em francês foi mantido inédito. Finalmente, neste ano em que se comemoram cem anos da primeira edição da obra Contos gauchescos, a Editora da Universidade Federal de Pelotas prepara a publicação da tradução daquela tese, como parte da programação dos festejos do bicentenário da cidade de Pelotas. Coordenada pelo Professor Avelino da Rosa Oliveira, diretor das publicações da Coleção FEPRAXIS - ligada à Faculdade de Educação daquela universidade, a ediç&a tilde;o está sendo elaborada em quatro volumes, contando com ilustrações do artista plástico de Porto Alegre, Geraldo Bueno Fischer, e com tradução de Susana Albornoz.